A
Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo
(AABIC), após fazer um levantamento junto à Receita Federal do Estado de São
Paulo, identificou a existência de 57.221 condomínios registrados e legalizados
no estado de São Paulo. Só na região metropolitana são 30.951 e na capital
24.360.
Esse
volume projeta cerca de 60 mil empresas ativas, movimentando a economia,
gerando empregos e pagando impostos. Antes disso já contribuíram para o
desempenho da indústria de construção civil, que fechou 2013 com 3,4 milhões de
empregos ativos.
A
pesquisa quantitativa, aponta o grande desafio da gestão dos condomínios, bem
como uma tendência irreversível da sociedade.
“Os
moradores, que são milhões e continuamente aumentam sua participação no
conjunto da população, contribuem de forma significativa para melhor
organização da sociedade. Os condomínios se transformaram em um instrumento de
organização social e objeto de interesse público”, explica o presidente da
AABIC, Rubens Carmo Elias Filho.
Para o
especialista, os condomínios representam muito mais do que a verticalização e a
solução para a expansão imobiliária. “Além de contribuir para a redução do
déficit habitacional, os condomínios, quando bem administrados, impõem rápida e
simultaneamente regras positivas para um grande número de pessoas. Essa
peculiaridade traz ganhos coletivos para o meio ambiente (como a coleta de lixo
adequada, por exemplo), para a saúde (prevenção da dengue, entre outras) e para
a organização urbana. Podemos ainda dizer que os condomínios minimizam
problemas de mobilidade e segurança”.
Ganha a
cidade e ganham os condôminos, completa o presidente da AABIC. “É preciso
também ressaltar que é possível extrair desta realidade irreversível, diversos
benefícios para as pessoas. A qualidade de vida é busca permanente dentro dos
condomínios. É possível ter conforto e privacidade para a família ao mesmo tempo
em que encargos financeiros e responsabilidades pelo funcionamento e
preservação do imóvel são divididas com os vizinhos. Essa parte prática, sem
dúvida, fica mais barata e organizada, além de demandar menos tempo. O sistema
de economia de grupo pode ainda ofertar – em casa – equipamentos de lazer (como
uma piscina ou academia) para muitos financeiramente inalcançáveis
individualmente. Todas essas características, obviamente, valorizam o
patrimônio familiar e potencializam investimentos”.
As
comunidades contemporâneas são organismos complexos que devem acomodar
interesses e comportamentos diferentes em uma direção comum. Não é uma tarefa
simples, pelo contrário, mas que, quando bem executada, oferece muitos ganhos,
tanto para os condôminos como para a cidade ao redor.
Os
condomínios são, além da melhor alternativa para o desenvolvimento imobiliário
nas médias e grandes cidades, potenciais instrumentos de avanço social. Para
isso, no entanto, exigem gestão profissional, pois, como foi visto, são pessoas
jurídicas com funcionamento elaborado e uma série de obrigações operacionais e
burocráticas. Da mesma maneira que podem trazer benefícios expressivos têm
capacidade para gerar grandes dores de cabeça quando mal administrados.
“Para
evitar a armadilha é recomendável contar com o auxílio de uma administradora de
condomínios. Essas empresas são fundamentais para orientar síndicos e
condôminos sobre como estabelecer rotinas e determinar regras que garantam o
bom funcionamento dos espaços e protejam a harmonia entre os moradores. Em
geral são responsáveis por demandas fiscais e jurídicas, além de gerir a mão de
obra contratada”, enfatiza Rubens.
Disponível em http://aabic.com.br/informacoes/release/exibir/?id=105.
Acesso em 17 set. 2015.